Fazem anos quando te conheci naquela noite, naquela festa, com aqueles amigos em comum. Num primeiro momento você me pareceu uma pessoa incrível, atencioso, carinhoso. O interesse foi crescendo pouco a pouco naquela noite.
Todas as vezes que nos encontrávamos aleatoriamente pela cidade aquela sensação de borboletas no estômago, que fazia cócegas e disparava o coração, só aumentava. Após várias conversas houve o primeiro clive, disseste-me que não estavas na "vibe", como assim? Primeiro me cativas depois dizes que não és mais responsável? "Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas" - Antoine de Saint-Exupéry (1943).
Sofri com aquilo por muito mais tempo do que esperava, mas vida que segue. Anos depois encontrei contigo aleatoriamente, as borboletas definitivamente foram morrendo, uma a uma, a cada vez que passavas por mim e fingias que não me vias.
Até um certo encontro, em um certo show, de uma certa banda, você estava lá com seus amigos fumando, eu estava obstinado a te ignorar, até que, num momento de distração, você surgiu do além, me abraçou e entrou em direção onde estava a banda tocando.
Devo admitir que eu fique feliz, mas tudo desmoronou segundos depois quando o ouvi dizendo ao seus amigos: "Nem sei quem é, ele me abraçou e não soube como reagir, então eu abracei de volta" após eles perguntarem quem eu era.
Fiquei extremamente decepcionado, após tudo aquilo acreditei que ao menos éramos conhecidos, mas aparentemente eu não signifiquei nada para você, nem mesmo o suficiente para você dizer que me conhecia para seus amigos.
Espero que esta carta chegue a você, mas se não chegar não tem a mínima importância, afinal o pseudo amor que sentia por você não existe mais. Apenas a apatia por você reside aqui.
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